A falta de mao de obra qualificada na saude publica brasileira, nao e um fato isolado em algumas regioes, pois acontece a decadas em todas as parte do Brasil e fica cada vez mais dificil de conseguir chegar a um patamar de qualidade destes servicos, uma vez que a demanda de pacientes aumenta e o investimento do governo em qualificar esses trabalhadores e cada vez mais escasso, onde o salario nao e atrativo surgi assim a falta de interesse em se qualificar e profissionais sem qualificacao ocupam esses vagas deixando o setor a merce da sorte de encontrar o profissional certo.
Veja esse reportagem a seguir onde o tema e abordado pelos candidatos a vaga do Executivo e as cadeiras do Legislativo.
Autoridades apontam deficiências na saúde de JF
Falta de mão de obra especializada, de materiais e equipamentos estão entre os problemas mais graves
Andréa Moreira
Repórter
28/7/2012
Seguindo a série de reportagens sobre diversos setores da cidade, como economia e desenvolvimento, transporte e trânsito, educação e segurança, o Portal ACESSA.comconversou com representantes e autoridades relacionadas à saúde de Juiz de Fora. O tema é amplamente abordado pelos candidatos à vaga do Executivo e às cadeiras do Legislativo.
Fato é que a análise dos especialistas aponta que a cidade passa por grandes problemas, que vão desde a falta de materiais até a dificuldade em encontrar mão de obra especializada, ainda que Juiz de Fora seja uma cidade polo na área da saúde. O município absorve a população das cidades da região e realiza atendimentos de média e alta complexidade.
Para o presidente do Sindicato dos Médicos de Juiz de Fora, Gilson Salomão, a situação da saúde no município está extremamente complicada. "A Prefeitura remunera muito mal os profissionais da área. Em Juiz de Fora, um médico recebe apenas R$ 1.500 por 20 horas trabalhadas. Isso faz com que a cidade não consiga atrair profissionais, o que gera um grande déficit de especialistas." Salomão destaca também que existem cerca de 200 pendências aguardando soluções na Ouvidoria de Saúde. "As denúncias vão desde falta de exames, desabastecimento de médicos, até dificuldade de internações. A Prefeitura precisa, urgentemente, realizar um concurso e contratar mais profissionais. E, principalmente, pagar salários dignos."
O presidente destaca, ainda, outro problema. "A Prefeitura está terceirizando o serviço médico público na cidade, com as privatizações das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). Isso é totalmente irregular. O governo municipal, na verdade, está passando para outras instituições um serviço que deveria ser administrado por ele, que é a gestão da saúde municipal."
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A situação na rede estadual não é diferente, como explica o delegado sindical do Sindicato Único dos Trabalhadores de Minas (Sind-Saúde/MG) em Juiz de Fora, Valtecir Oliveira. "Acabamos de sair de uma greve, em que reivindicávamos melhores condições de trabalho. Nós não estamos pensando apenas nos funcionários, mas também nas pessoas que são atendidas na rede estadual de saúde aqui em Juiz de Fora. A situação está caótica. No único hospital estadual de Juiz de Fora, faltam equipamentos básicos, além da mão de obra também ser um problema. O que vemos na cidade é que quando um setor fica muito sobrecarregado, os funcionários são remanejados. Assim, uma área é coberta e outra é descoberta."
Atendimentos
De acordo com a assessoria da Secretaria de Saúde (SS), Juiz de Fora é referência no atendimento de 24 municípios da microrregião e de 94 da macrorregião Sudeste do Estado, o que faz com que o município administre os atendimentos da área de saúde destas cidades. A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) destaca que existe uma lógica de programação pactuada e integrada para organização do atendimento intermunicipal. Os municípios e microrregiões de origem, de acordo com a necessidade de atendimento e os serviços prestados por Juiz de Fora, pactuam o atendimento de seus pacientes, sendo feita a transferência do recurso do Fundo Nacional de Saúde para o Fundo Municipal de Saúde.
A SES-MG informa, ainda, que no período de março de 2011 a março de 2012 foram realizados 60.790 atendimentos pelo SUS de nível hospitalar no município de Juiz de Fora. Deste total, 73,77% são referentes a pacientes do próprio município; 9,27% referem-se à população da microrregião Juiz de Fora/Lima Duarte/Bom Jardim Minas; e 16,96% são atendimentos a pacientes de outras microrregiões.
A SES-MG destaca, ainda, que 92,19%, o que corresponde a 56.045 dos atendimentos realizados no município, foram de média complexidade; já 7,81%, que totalizam 4.745 atendimentos foram de alta complexidade. Dados da SES-MG informam que a média mensal de atendimentos do SUS no município é de 4.676.
A SES-MG destaca, ainda, que 92,19%, o que corresponde a 56.045 dos atendimentos realizados no município, foram de média complexidade; já 7,81%, que totalizam 4.745 atendimentos foram de alta complexidade. Dados da SES-MG informam que a média mensal de atendimentos do SUS no município é de 4.676.
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