sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Sistema Público de Saúde


A Constituição do Brasil de 1988, garante direitos e, no caso da saúde impõe o desenvolvimento de políticas sociais e econômicas que evitem o risco de doenças, além de exigir que sejam diminuídas as diferenças sociais e erradicadas a pobreza e a marginalização. Sabe-se que afirmar o mesmo é também faltar com a verdade, ja que em terras brasileiras a  desigualdade de oportunidades é produto de um financiamento inadequado e insuficiente, junto a pouca, ou quase nenhuma fiscalização, acompanhamento e supervisão da conduta ética, de quem tem como profissão, fazer com que, todos tenham acesso as políticas sociais e econômicas, ou seja gestores do SUS- Sistema Único de Saúde, o qual é tripartite sendo composto por União, Estados e Municípios.
Greve de funcionários, falta de medicamentos, espera para realização de exames, consultas e internções, hospitais desestruturados e superlotados são ainda hoje a realidade vivenciada por quem precisa de hospitais e postos de saúde da rede pública, então boa parte da população recorre aos planos de saúde e ao sistema privado para obter o tratamento necessitado, que não foi oferecido pelo sistema público de saúde.

A população mais afetada é aquela que depende do SUS, ou seja, as pessoas mais pobres, uma vez que não podem contar com a saude suplementar acima mencionada, planos de saúde e assistência privada facultada na Lei Orgância da Saúde, Lei nº 8.080/90, alterda pela Lei nº 12.401/11 e regulamentada pelo Decreto Federal nº 7.508/2011. Com a reducação da pobreza e inclusão social no Brasil, ainda são poucos que podem custear um plano privado, sendo obrigados a utilizarem o sistema público de saúde, uma vez que que não podem priorizarar o fator bem-estar e saúde, fato que aumenta de forma desorganizada a demanda diminuindo assim a oferta, a população observa de forma assustadora a sua qualidade declinar vertiginosamente.

Temos umas das cargas tributárias mais altas, mesmo assim não conseguimos    visualizar os possíveis retornos de tais tributos investidos em ações e serviços    públicos em especial a saúde, alguns ainda esperam até cinco anos por uma cirurgia não emergencial (eletiva), nas filas dos hospitais e se queixam quanto à qualidade do atendimento.
Sendo a saúde tão complexa, muito além da biologia, talvez biopolítica social, o direito a saúde do brasileiro é um dever, que parece nunca ter sido feito, por um estado, nada saúdavel que por vias desiguais, favorece a quem tem melhor condição social e nega o que é de direito ao mais vunéravel. Conclui-se que o SUS, considerado um dos melhores sistema público de saúde mesmo com vinte anos de existência, carece de ajustes e aperfeiçoamentos para que obtenha maior eficácia.


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