domingo, 30 de setembro de 2012

A superlotação pode ser evitada


  Não é novidade a nenhum de nós a reclamação quanto a superlotação dos hospitais em Belo Horizonte. Além de termos menos hospitais e médicos do que é necessário, temos ainda  a ida de pessoas por fatos que poderiam ser evitados tanto pelo Governo quanto pelo próprio povo.

  Muitas doenças poderiam ser evitadas se tivéssemos, por exemplo, um saneamento básico melhor. Para se ter uma ideia, somente cerca de 46 % da população brasileiro tem saneamento básico, e dessas, menos da metade tem um tratamento considerável de razoável a bom. Eis a pergunta: quantos cidadãos com doenças como cólera, hepatite e diarreia estariam livres de tê-la se tivessem tal saneamento?

  Segundo Simone Cynamon, professora da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz), cerca de 300 para cada 100 mil habitantes vão a hospitais tratar de problemas que poderia ser resolvidos com saneamento básico e água encanada. Números ainda mais novos e assustadores nos dão, em 2009, 462 mil pacientes  internados por infecções gastrointestinais, onde 2.101 faleceram.

  Tal número  de pacientes eleva o custo para os tratamentos, diminuindo o dinheiro que sobra para se investir nas instalações dos hospitais. Em média cada paciente custa para o Estado R$ 350,00 e isto nos dá o gasto de R$ 161.700.000,00 todos os anos, dinheiro que certamente conseguiria colocar todo o país, em um curto prazo de tempo, com saneamento básico em estado razoável, o que pouparia a morte de 2.000 pessoas.

  Percebemos então que a solução da saúde não está somente em criar novos hospitais e melhorar atendimento nos que já existem, tem-se que melhorar todo o complexo ao seu entorno, ou seja, melhorar a vida dos brasileiro em outros aspectos que certamente ajudariam na melhoria do nosso sistema de Saúde.




Todos acessados na data  30/09/2012

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